A Pancreatite é uma inflamação do pâncreas. O consumo de álcool está diretamente associado à maioria dos casos da doença. Pode se apresentar de duas formas: aguda ou crônica.

 

Causas

Pancreatite aguda

Pode ocorrer pela passagem de pequenos cálculos biliares que obstruem a porção terminal do ducto que transporta a bile, interrompendo o fluxo das secreções pancreáticas. Essa obstrução provoca um processo inflamatório intenso e o aumento da glândula por causa do acúmulo de líquido em seu interior.

O consumo de álcool também é causa frequente de pancreatite aguda.

 

Pancreatite crônica

A principal causa de pancreatite crônica é o etilismo. O álcool ingerido em grandes quantidades e por tempo prolongado determina alterações no parênquima pancreático, caracterizadas por fibrose e endurecimento, com consequente atrofia do pâncreas. Pessoas com pancreatite crônica podem ter surtos de pancreatite aguda.

 

Sintomas 

Pancreatite aguda

– Dor abdominal intensa, quase sempre de início abrupto, na região superior do abdômen, que se irradia em faixa para as costas

– Náuseas

– Vômitos

– Icterícia (amarelamento dos olhos e da pele)

 

Pancreatite crônica

– Dor que aparece na fase aguda da doença e tem as mesmas características da pancreatite aguda

– Diarreia

– Diabetes, porque o pâncreas vai perdendo suas funções exócrinas e endócrinas.

 

Diagnóstico

O diagnóstico é feito em consulta com gastroenterologista, onda é feito o levantamento de hábitos de vida do paciente, principalmente no que se refere ao consumo de álcool. Sua confirmação, porém, depende dos resultados dos exames de sangue, radiografia, ou ultrassom abdominal.

 

Tratamento

Pancreatite aguda

O tratamento é clínico, indicado pelo médico gastroenterologista. Geralmente, 80% dos casos de pancreatite aguda pode ser resolvido com repouso alimentar para que a inflamação regrida. Os outros 20% evoluem para uma forma grave da doença, com lesão em órgãos além do pâncreas, como pulmões e fígado. Esses pacientes podem entrar em choque e têm de ser transferidos para a unidade de terapia intensiva (UTI). Nos casos mais graves em que ocorre infecção e necrose do pâncreas o tratamento cirúrgico pode ser necessário.

 

Pancreatite crônica

Inicialmente o tratamento também é clínico. Além do controle da dor, é preciso deixar o pâncreas em repouso, evitar alimentos gordurosos e adotar uma dieta à base de hidratos de carbono (como cereais, raízes, tubérculos e leguminosas).

Pacientes com diarreia que apresentam insuficiência exócrina (falha na produção de enzimas, o que impacta na qualidade da digestão e absorção de nutrientes) devem receber, por via oral, as enzimas pancreáticas (amilase, lipase). Para quem tem diabetes, é fundamental o controle do metabolismo da glicose com dieta e, frequentemente, com a administração de medicamentos.