Síndrome do Intestino Irritável
A síndrome do intestino irritável é um distúrbio na motilidade intestinal e se caracteriza por episódios de desconforto abdominal, dor, diarreia e constipação (prisão de ventre).
Causas
– Motilidade anormal do intestino delgado durante o jejum, contrações exageradas depois da ingestão de alimentos gordurosos ou em resposta ao estresse.
– Hipersensibilidade dos receptores nervosos da parede intestinal à falta de oxigênio, distensão, presença de conteúdo fecal, infecção e às alterações psicológicas.
– Níveis elevados de neurotransmissores (como a serotonina, por exemplo) no sangue e no intestino grosso.
– Infecções e processos inflamatórios.
– Depressão e ansiedade.
Diagnóstico
O diagnóstico é baseado nos sintomas, na ausência de sinais relevantes verificados no exame físico e na visualização direta do intestino através do exame de colonoscopia. Ele deve ser bastante cuidadoso, porque algumas doenças mais graves podem ser confundidas com a síndrome do intestino irritável.
Sintomas
– Desconforto abdominal
– Dor
– Cólicas
– Alternância entre períodos de diarreia e prisão de ventre
– Flatulência exagerada (gases)
– Sensação de esvaziamento incompleto do intestino.
Os sintomas podem piorar depois da ingestão de certos alimentos, como cafeína, álcool e comidas gordurosas.
Tratamento
Para a dor:
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O tratamento da síndrome do intestino irritável é feito com antiespasmódicos. Alguns pacientes reagem bem ao uso de antidepressivos tricíclicos, outros, aos anti-inflamatórios.
Para a diarreia:
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Medicamentos que aumentam a consistência do bolo alimentar e reduzem a frequência dos movimentos intestinais costumam apresentar bons resultados. Casos mais refratários podem ser tratados com antibióticos por tempo curto.
Para a prisão de ventre:
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Dieta rica em fibras e laxativos osmóticos, como o leite de magnésia e a lactulose, ajudam a aliviar os sintomas. Além desses, drogas capazes de acelerar o trânsito intestinal e diminuir a consistência das fezes também são úteis.
Recomenda-se aos pacientes mudanças na alimentação e no estilo de vida, além de fazer uso de medicamentos em fases mais intensas, quando provocam muito desconforto. O paciente pode passar longos períodos sem manifestações clínicas, mas o problema sempre pode retornar, tanto por distúrbios intestinais quanto por fatores emocionais.
